A Psicossomática se caracteriza como um novo campo de estudo, focalizando as interações entre a mente (psyché) e o corpo (soma) no desenvolvimento dos sintomas físicos e das doenças, e na repercussão destes no estado emocional e mental do indivíduo.

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Reações bioquímicas e fisiológicas caminham junto com percepções, crenças, emoções e sentimentos numa unidade inexoravelmente e intrinsicamente integrada, vivenciando a realidade e respondendo a ela como um todo a cada instante.

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Nosso corpo somos nós. Ele fala sobre nós com os seus movimentos, com a sua postura, com os seus sintomas e com suas dores.

Esta visão holista do ser humano deita suas raízes na Grécia Antiga com Hipócrates e Aristóteles, seguidos por Galeno, tendo influenciado a medicina no ocidente até o Renascimento. Neste período histórico, sob a influência do dualismo cartesiano, quebrou-se a unidade, separou-se o corpo da mente e estes seguiram como dois domínios distintos de estudo e de tratamento. A medicina passou a se ater apenas ao corpo físico, analisado e tratado em partes isoladas cada vez menores, gerando a crise da medicina atual.

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A medicina homeopática e a medicina antroposófica surgiram respectivamente no final do séc. XVIII e no séc. XIX como duas ilhas de exceção nesse panorama, retomando aquela visão holista do berço da medicina no ocidente. A elas se juntaram as milenares medicinas do oriente, a chinesa e a ayurvédica, que penetraram no ocidente na segunda metade do século passado, ajudando também a restaurar a unidade do corpomente.

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O recente desenvolvimento da neurociência vem corroborando esta unidade, apresentando ou desvelando o organismo humano como uma rede de informação, na qual as chamadas “moléculas de emoção” cruzam e interligam continuamente todo o corpomente, de modo que a mente passa a estar em todo o corpo, ao mesmo tempo em que este atua na mente.

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Este tema pode ser encontrado e explorado mais detalhadamente no livro “Psicossomática – A evolução”, desenvolvido por esta autora.